Quantas vezes nos referimos às perdas, às dores, às tristezas,
como grandes sensações de "vazios" no peito e na alma?
Mas, se por falta de cuidado, nosso ou alheio, morrem os nossos jardins;
se por tormentas e furacões que o tempo traz,
devastam-se nossas mais queridas plantações e
ficam no seu lugar enormes terrenos baldios
a nos lembrar do que um dia esteve ali, mesmo assim não ficamos vazios
e nem seria justo dizer que nada nos restou.
Quem sabe não nos falte, meros humanos que somos,
apenas aprender a suportar melhor ou a aceitar as inevitáveis mudanças,
as possíveis perdas e distanciamentos,
a fatal insuficiência de retribuições de afeto de quem mais esperamos?
Sim, nossa força é limitada,
enquanto nosso medo parece não temer fronteiras,
mas quando tudo parecer perdido,
não cultivemos vazios,
não pensemos que tudo se acabou e que de nada valeu.
Sem comentários:
Enviar um comentário