na rectidão de ser apenas linha no firmamento.
Na utopia,
Na utopia,
finjo que existo, imito o ar seco dos meus dias,
no fumo de um cigarro.
No enovelado de sombras,
No enovelado de sombras,
sem rumo, rebusco a hora inacabada
onde dorme a revolução desnecessária, assassinadas
chamas cintilantes dos voos de andorinhas.
Fecho os olhos, mordo as estrelas na carne já azul
Fecho os olhos, mordo as estrelas na carne já azul
de um mar a sul do teu olhar.
Nos cilícios dos corvos negros encontro os teus gestos
e os temores da onda em cicatrizes rugentes da minha pele.
Da nossa boca, se não palavras,
Da nossa boca, se não palavras,
despontam agora contundentes seculares raízes.
Mel de Carvalho
Mel de Carvalho
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