
A língua lambe
A língua lambe as pétalas vermelhas
da rosa pluriaberta;
a língua lavra
certo oculto botão,
e vai tecendo
lépidas variações de leves ritmos.
E lambe,
lambilonga,
lambilenta,
a licorina gruta cabeluda,
e,
quanto mais lambente,
mais ativa,
atinge o céu do céu,
entre gemidos,
entre gritos,
balidos e rugidos
de leões na floresta,
enfurecidos.
Autor: Carlos Drummond de Andrade
Autor: Carlos Drummond de Andrade
8 comentários:
Atinge o céu do céu,...e leva ao ceu;)
beijo de um anjo
Sensualidade em cada sílaba.
Voce emociona sempre, querido poeta.
Sua poesia prende e satisfaz.
Aplausos sinceros.
Beijinho
Glória
Carlos Drummond de Andrade, bela escolha que enaltece o desejo, a pura vontade de caminhar na estrada misteriosa de uma Mulher!
Um beijo doce
Obrigada pela visita
N]ão sabia que o Drummond er chegado em poema calhentes...mas é muito belo.
a sensualidade das palavras que só Drummond de Andrade sabe oferecer
beijo
Uma boa escolha..
Também gosto de Drummond...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Com certeza, uma ótima escolha, muito sensual.
beijos!
“A amizade é um bem ao alcance de todos. Saiba investir nas pessoas à sua volta. Os amigos valem mais do que verdadeiras preciosidades.”
Um enorme...
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Bom fim de semana...
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