quinta-feira, setembro 13, 2007

TRISTEZA

Resisto enquanto posso
À tristeza e ao desdém
Vivo comigo a vida a sós
Não olho, não falo, não oiço
Não converso com ninguém

Na tristeza que me invade
As conversas são todas ocas
E às palavras que me dizem
Faço, ás vezes sem querer
Um par de orelhas moucas

O silêncio é tranquilo
A palavra ensurdecedora
Vivo a ver e a ouvir
Mesmo que não queira
Enquanto o coração chora

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