quinta-feira, dezembro 11, 2008

ESPERANÇA e FORÇA

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Para mais informações consultem:
http://www.azoresglobal.com/canais/noticias/imprimir.php?id=8394

segunda-feira, novembro 24, 2008

HUMOR







sonho


Não vivo do passado
raramente me arrependo de algo que tenha feito.
Mas as pessoas que passaram pela minha vida
continuam presentes. Todas.
E vou-me perguntando como será que a vida correu
a algumas das quais não sei há imensos anos.
E que pessoas farão, hoje,
parte da minha vida que o futuro se encarregará de apartar?
Ainda ontem dei comigo a pensar isto...


E aqui deixo este poema de Telo Vieira de Meireles:

Toda a minha vida é uma saudade imensa,
não só do que foi,
mas do que poderia ter sido,
se as coisas não fossem só o que foram.
Vivo mais na lembrança do que não foi,
do que de aquilo que realmente foi.
E nessa lembrança do que nunca existiu,
nesse desfiar de reminiscências da minha memória
vejo que mesmo aquilo que foi
só o foi por metade:
a outra metade da vida era já sonho
para ser sonhado hoje.

quarta-feira, novembro 05, 2008

PRETO & BRANCO



Duas cores ou três verdades?
O preto e o branco são duas das cores mais discutidas nos meandros dos estudos da cor. O preto é uma cor e o branco não? Ou o preto não é uma cor e o branco é? Será que a resposta seria a mesma se a questão fosse simultaneamente colocada a um designer, a um gráfico ou a um fotografo? Esta pergunta, que tem inquietado mentes brilhantes, tem três possíveis respostas.

A percepção básica de como as cores são criadas é o primeiro passo para chegar a respostas correctas. Podemos avançar de imediato com dois exemplos de existência de cor. A cor de um objecto tangível é o resultado de pigmentos ou agentes colorantes moleculares, como no caso de uma maçã vermelha, cuja a cor da casca é o resultado de agentes colorantes na superfície da maça. O mesmo se passa com uma pintura de uma maça vermelha, em que o que se vê é o resultados de pigmentos vermelhos utilizados para a criação de uma imagem.
No entanto, a cor de uma maça vermelha, quando vista num televisor ou no monitor de um computador, nada mais é que o resultado de uma luz colorida. Ou seja, é criada por fótons - que são as partículas elementares mediadoras da força electromagnética - a luz vermelha, transmitidos num sistema electrónico. É importante conhecer ainda o conceito das cores primárias, sendo que a regra fundamental tem base no facto de existirem três cores que não se conseguem obter através da mistura de outras cores. São elas o vermelho, o azul e o amarelo, Depois de chegarmos a duas categorias diferentes da cor - e geradas por pigmento e as geradas pela luz - e de compreendermos as cores primárias, podemos encontrar as respostas possíveis à grande questão: o preto e o branco são cores?

RESPOSTA número 1
O preto e o branco são cores quando gerados pela luz? Sendo o preto a ausência da luz, não se pode considerar que seja uma cor gerada pela mesma. É uma teoria simples de testar, bastando entrar num laboratório para revelação de fotografias, o tradicional quarto escuro, para verificar a total ausência de fótons. O branco, por sua vez, é a mistura de todas as cores e é, por isso uma cor. A luz parece não ter cor, ou seja branca. A luz do sol é luz branca, composta por todas as outras cores do especto, o que se prova pela existência de um simples arco-íris. Só conseguimos ver as cores dos raios de sol quando em condições atmosféricas "dobram" os raios de luz e criam um arco-íris. Isto também é facilmente comprovável com um prisma. Como a soma de todas as cores resulta em cor, esta é chamada a Teoria Aditiva.

RESPOSTA número 2
Depois de falarmos na Teoria Aditiva, podemos falar na Teoria Subtractiva. Aqui explica-se que as cores primárias no mundo da arte são o vermelho, o amarelo e o azul, sendo se falarmos de impressão, as cores primárias são consideradas o ciano, o magenta e o amarelo. Colocamos então a pertinente questão: o branco e o preto são cores quando existem como pigmentos ou como agentes colorantes moleculares?
Qualquer químico vai responder e confirmar que o preto é uma cor. Aqui existe uma forma simples de o demonstrar, bastando a combinação das três cores primárias em tinta líquida ou até em corante alimentar.
Portanto, se alguém disser que o preto é ausência de cor, é possível replicar com a seguinte pergunta: " Então o que se encontra dentro de um tubo de tinta preta?", suportando a resposta com o facto do preto ser considerado uma cor quando se fala de cores de pigmentos e agentes colorantes.
E o branco é uma cor? Diz-se que não, mas até a Teoria da Cor é possível provar que nada no mundo é " ou preto ou branco".

RESPOSTA número 3 - toda a verdade-
A cor existe no contexto da visão, havendo três partes no processo de percepção da cor: o meio, o veículo e o receptor. O meio é a existência da cor enquanto pigmento/colorante ou enquanto luz. O veículo é a forma como essa cor é transmitida e o receptor influencia por último, uma vez que a cor vai depender da forma como o olho humano a vê. Uma cor existe e ninguém a vê?.
Metade da resposta correcta à questão acerca do "ser ou não ser" do preto e branco é uma combinação da resposta 1 e da resposta 2. No entanto, falta ainda a outra metade da solução deste dilema. Falta explicar como vemos a cor. A cor de um objecto tangível resulta de um agente colorante molecular, sendo que a vemos porque o objecto a reflecte para o olho. Cada cor é o efeito específico de uma onda especifica de um especto. No caso da maça vermelha, essa é a cor predominante porque ela reflecte a onda 440nm do espectro da cor, que corresponde ao vermelho. Aplica-se então a mesma teoria ao preto e branco. O preto não é uma cor. Um objecto de cor negra apenas absorve todas as cores do espectro visíveis e não reflecte nenhuma. Em física, um corpo preto é um perfeito absorvente de luz. O branco, por sua vez, é uma cor. O branco reflecte todas as cores de um aspecto visível para os olhos. Ou seja, as cores são apenas o grau do que está presente na luz reflectida por aquilo que vemos. Ou seja, a cor reflecte ondas de um espectro ao qual a nossa retina responde, sendo que o meio é o processo de reflectir e o receptor é aquele que vê.



domingo, outubro 19, 2008

MÃE

Obrigado porque tiveste na tua vida um lugar para a minha vida, renunciando a tantas coisas boas que poderias ter saboreado. Porque – mais do que isso – fizeste da tua vida um lugar para a minha. E de muitas maneiras morreste para que eu pudesse viver.
Porque não eras corajosa, mas tiveste a coragem de embarcar numa aventura que sabias não ter retorno.
Porque não fizeste as contas para avaliar se a minha chegada era conveniente: abriste simplesmente os braços quando eu vim.
Porque não só me aceitaste como era, como estavas disposta a aceitar-me fosse eu como fosse. Porque dirias "o meu filhinho" mesmo que eu tivesse nascido deformado e me contarias histórias ainda que eu tivesse nascido sem orelhas. E me levarias ao colo mesmo que eu fosse leproso. E, mesmo com tudo isso, me mostrarias com orgulho às tuas amigas. Porque seria sempre o teu bebé lindo.
Devo-te isso, embora não tenha acontecido, porque o farias.
Obrigado porque não tiveste tempo para visitar as capitais da Europa. Porque as tuas amigas usavam um perfume de melhor qualidade que o teu. Porque, sendo mulher, chegaste a esquecer-te de que havia a moda.
Porque não te deixei dormir e estavas sorridente no dia seguinte. Porque foste muitas vezes trabalhar com manchas de leite na blusa. Porque me sossegaste dizendo "não chores, filho, que a mãe está aqui", e estar no teu regaço era tão seguro como dormir na palma da mão de Deus.
Obrigado porque é pensando em ti que posso entender Deus.
Obrigado porque não tiveste vergonha de mim quando eu fazia birras nos museus, ou me enfiava debaixo da mesa do restaurante porque queria comer um gelado antes da refeição. E porque suportaste que eu, na adolescência, tivesse vergonha de que os meus amigos me vissem contigo na rua.
Obrigado porque fizeste de costureira e aprendeste a fazer bolos. Porque fizeste roupas e máscaras para as festas da escola. Porque passaste uma boa parte dos fins de semana a ver jogos de rugby ou de futebol para que – quando eu perguntasse "viste-me, mãe, viste-me?" – pudesses responder com sinceridade e orgulho "é claro que te vi!".
Obrigado por o teu coração ser do tamanho de me teres dado irmãos. Como eu seria pobre se não os tivesse!
Obrigado pelas lágrimas que choraste e nunca cheguei a saber que choraste.
Obrigado porque me ralhaste quando me portei mal nas lojas, quando bati os pés com teimosia, quando "roubei" batatas fritas antes de o jantar estar servido, quando atirei a roupa suja para um canto do quarto. Obrigado por me teres mandado para a escola quando não me apetecia e inventava desculpas. E por me teres mandado fazer tarefas da casa que tu farias bem melhor e muito mais depressa.
Obrigado por teres mantido a calma quando eu num dia de chuva fui consertar a bicicleta para a cozinha, ou quando arranjei uma namorada de cabelo verde...
Obrigado por teres querido conhecer os meus amigos, e por todas as vezes que não me deixaste sair à noite sem saberes muito bem com quem ia e onde ia.
Obrigado porque eu cresci e o teu coração parece ter também crescido. Porque me deste coragem. Porque aprovaste as minhas escolhas, e te mantiveste a meu lado apesar de ter passado a haver a distância. Porque levantas a cabeça – mesmo sabendo que eu estou muito longe – quando vais na rua e ouves alguém da multidão chamar: "mãe!".
Obrigado por guardares como tesouros os desenhos que fiz para ti na escola quando era, como hoje, o Dia da Mãe. E por ficares à janela a ver partir o carro, quando me vou embora, comovendo-te com os meus sinais de luzes.
Obrigado – já agora... – por não teres esquecido quais são os meus pratos favoritos; por o sótão da tua casa poder ser uma extensão do sótão da minha casa; por teres ainda no mesmo lugar a lata dos biscoitos...

Obrigada - Mãe

(atrazado - 32 anos)

quinta-feira, julho 17, 2008

SEXY


Cozinhar é
sexy!

Ingredientes frescos, auma pitada de criatividade e um toque de ousadia. Tudo regado com um bom vinho, num ambiente especial. Cozinhar pode ser uma forma de dizer "Amo-te" ou "Desejo-te". É o prazer de dar prazer.

Comida e sensualidade andam de braços dados.

E sobre isso não restam duvidas. No amor e á mesa, os sentidos estão em estado de alerta, aguçados, prontos para a descoberta e para o prazer.

"Tudo tem a ver estarem juntos.
A sensualidade está ligada à parte emocional, à sensualidade, aos cinco sentidos".

quinta-feira, julho 03, 2008

CANSAÇO


Não, não é cansaço...

É uma quantidade de desilusão

Que se me entranha na espécie de pensar,

E um domingo às avessas

Do sentimento,

Um feriado passado no abismo...

Não, cansaço não é...

É eu estar existindo

E também o mundo,

Com tudo aquilo que contém,

Como tudo aquilo que nele se desdobra

E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.

Não. Cansaço por quê?

É uma sensação abstrata

Da vida concreta —

Qualquer coisa como um grito

Por dar,

Qualquer coisa como uma angústia

Por sofrer,

Ou por sofrer completamente,

Ou por sofrer como...

Sim, ou por sofrer como...

Isso mesmo, como...

Como quê?...

Se soubesse, não haveria em mim este falso cansaço.

(Ai, cegos que cantam na rua,

Que formidável realejo

Que é a guitarra de um, e a viola do outro, e a voz dela!)

Porque oiço, vejo.

Confesso: é cansaço!...




Álvaro de Campos




quarta-feira, junho 25, 2008

OLHAR ...

Os olhos são espelhos d´alma...
Ambos emanam nossos sentimentos...
Nossos olhos demonstram o que pensamos; e nunca escondem o que sentimos... É quase impossível mentir olhando nos olhos, pois nosso olhar nos expõe excessivamente ao outro.
Um olhar é capaz de dizer tudo sem precisar de uma única palavra...
De nosso olhar, emanamos nossas vibrações e nossos sentimentos ao nosso foco...
Vemos, tudo o que acontece a nossa volta; mas só enxergamos as coisas que queremos ver.
Experimente reler um livro após alguns anos; Irá te chamar a atenção, vários trechos que anteriormente lhe passaram despercebidos...
O livro ainda é o mesmo; você leu as mesmas coisas daquela vez; mas hoje, sua percepção mudou, revelando informações que antes estavam além de seu entendimento.
Os amantes olham-se nos olhos, porque se entregam; e não estão escondendo nada um do outro. Chegam até a "ler" os pensamentos, tamanha a sintonia de seus sentimentos....
Quando se amam, se olham mais nos olhos, sempre buscando os sentimentos do outro. É muito simples saber se alguém nos ama...
Basta olhar em seus olhos e teremos a certeza...
Difícil para nós é aceitar isso, chegamos até a ver mas sem conseguir enxergar... Os olhos transparecem tudo o que sentimos, e poucas pessoas observam esse mero detalhe.
Um olhar mexe com nossos sentimentos, chegando a nos provocar choques...
O "poder" pessoal de cada um pode ser percebido pela sua maneira de olhar... Existe muita gente que se incomoda de ser olhada nos olhos, sentem-se como se estivessem sendo invadidas em sua intimidade...
De certa forma, é um tipo de invasão...
Inconscientemente, essa pessoas temem que descubram as tantas coisas que elas escondem do mundo; e, provavelmente, também escondem de si mesmas. É uma sensação pavorosa, correr o risco de que, nossos tão bem guardados segredos, possam revelar-se diante de um "invasor", que atreve-se a nos olhar nos olhos...
Tentando descobrir o que não desejamos que descubram.
Nosso olhar revela quem somos...
Os olhos brilham quando estamos alegres; e buscam o chão quando estamos tristes...
Um olhar pode determinar uma sentença de vida ou de morte...
Um olhar pode demonstrar repulsa ou atração...
É pelo nosso olhar que entendemos o mundo a nossa volta; para que possamos formulá-lo e interagir com ele.
Um órgão cheio de mistérios; pois capta, ao mesmo tempo que transmite, uma larga escala de energias...
Os ditos populares: "Ver como bons olhos." e "Olho gordo." ou "Olho grande."... Tem sentidos além de suas metáforas...
Um olhar, acolhe, constrange, pune, consente, condena, castiga, incentiva....
Um olhar é o suficiente para demonstrarmos o que estamos sentindo....
Um olhar diz quem você é. Enxergamos aquilo que focamos; e só vemos o que nossas consciência está preparada para ver...
Todos vêem, mas poucos enxergam... Nossos olhos dizem, sem palavras, as coisas que sentimos.
Vemos o mundo a partir de nossa visão...
Nosso "olhar" sobre o mundo determina tudo o que podemos captar e aprender dele, para podermos interagir com ele em nossas atitudes. Demonstramos nossos sentimentos à todos em que olhamos...
Nosso olhar revela nossa intimidade, tornando evidente o que normalmente ocultamos...
A porta de entrada e saída do seu humano...
De seu ambiente interno, para o ambiente externo...
Está apenas em nosso olhar.
Precisamos nos olhar mais...
Se realmente quisermos realizar a fraternidade em nosso mundo. Precisamos enxergar melhor as tantas oportunidades que a vida nos oferece, enquanto fechamos nossos olhos às coisas mais óbvias da vida...
Precisamos nos harmonizar com nosso meio para podermos transformá-lo de modo positivo. Os problemas e as soluções, estão dentro de cada um de nós..
Alex Marq

sexta-feira, maio 09, 2008

Quem sou eu?

Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é" - Caetano Veloso

Ler esta frase ou ouvi-la sempre me fez pensar sobre : Quem sou eu ?

Como responder a esta pergunta sem olhar para todo o eu que fui e todo o eu que sonhei ser, ou ainda, ao eu que gostava de ser mas que de todo continuo a fazer o meu melhor para sê-lo.

Olhando para o passado vejo que ouveram muitos "eus" dentro de mim que precisaram vir ao de cima para eu poder perceber com maior clareza o eu que gostava de ser. Precisei tropeçar nos meus medos e egos, nas minhas sombras para poder perceber que existiam e que poderiam fazer da minha vida um eterno andar em círculos ou servirem de degraus para os próximos passos em direcção ao que descobri queria ser.

O tempo do verbo é mesmo este :"queria". Já que ao longo do caminho fui mudando e mudando e mudando, e as muitas mudanças deram origem ao processo de descascar as várias camadas dos "euzinhos".

Ouvi de muitas bocas : pensei que já tinha tratado disto ou isto é assunto resolvido.

Ouvi-me dizer as mesmas frases também cada vez que alguém ou algo me fazia defrontar com os padrões que tinha trabalhado tanto para transformar ou largar de vez na esperança deles desaparecerem.

Bem, feliz ou infelizmente quando começamos o processo do descascar as camadas dos "euzinhos" é um aprofundar de tudo sempre.

Por exemplo, quando queremos trabalhar o perdão começamos por primeiro limpar a "raiva" ou "mágoa" associadas a(s) pessoa(s) ou situação(s).

Quando finalmente conseguimos olhar para "aquele(a) tipo" e pensar que ele(a) já não me desperta raiva ou nenhum dos sentimentos "pesados" relacionados a ele anteriormente é o começar de toda uma "revolução" interna e externa.

Depois de não "sentirmos" precisamos aprender o processo seguinte que é o da compreensão e compaixão, que nesta fase é conseguir se colocar no lugar do outro e ver tudo através do ponto de vista dele(a). Nem sempre é fácil fazer isto, em especial porque nem sempre temos os mesmos conceitos que o outro(a) tem e que o(a) fez agir de tal forma.

Mas quando chegamos neste patamar, começamos a abrir o nosso coração e quanto mais abrimo-nos a isto, mais sentimos compaixão e de repente esta compaixão se transforma em perdão, aceitação... amor.

Para cada lição ou acontecimento ou pessoa é um novo desafio de aprender as mesmas lições de distintas maneiras e em graus cada vez mais profundos.

É desta maneira que vamos "descascando" as nossas camadas, que vamos nos tornando no que queremos ou sentimos ser a nossa "essência".

Por isto aprendemos a todo instante a ser quem desejamos ser, e neste processo muitas vezes vamos de novo nos deparar com os "euzinhos" e nem por isto devemos achar que "evoluímos" pouco. Nada disto, quanto mais os "euzinhos" aparecerem mais firme deve ser a sua vontade de transformar a si mesmo, porque eles só se rebelam quando sentem que estão perdendo terreno, ou seja, estão tendo cada vez menos poder sobre nós "euzinhos".

Um dia em fim vamos chegar ao nosso cerne e descobrir o ser lindo que somos todos e que as "sombras" dos "euzinhos" eram necessárias para crescermos e verificarmos que podemos tudo.

Por isto, é que somente cada um de nós sabe a própria delícia de ser o que se é.

Mesmo que tudo esteja parecendo andar ao contrário do que se quer, acredita que estamos no lugar certo, no momento certo e fazendo o que é suposto estarmos fazendo neste exato momento.

Só precisamos de parar um pouco e saber apreciar, validar, o que já fomos, o que somos e todo o trabalho já feito. Depois é seguir o nosso caminho em direção ao que verdadeiramente somos, o nosso : Eu Sou !

E lembra somos deuses em ação !

Somos tudo o que "acreditarmos" ser e vivemos tudo o que "acreditamos" precisar viver."


quinta-feira, abril 24, 2008

Adeus

Espectacular e uma grande lição de vida,
de força e de luta, invejável até,
não é pra todos,
sei que no lugar dele não reagiria assim.

sexta-feira, abril 18, 2008

OBRIGADO

Obrigado...
Porque não só me aceitaste como era,
como estavas disposta a aceitar-me
fosse eu como fosse.
Porque dirias "o meu filhinho"
mesmo que eu tivesse
nascido deformado
e me contarias histórias
ainda que eu tivesse nascido sem orelhas.
E me levarias ao colo mesmo
que eu fosse leproso.
E, mesmo com tudo isso,
me mostrarias com orgulho às tuas amigas.
Porque seria sempre o teu bebé lindo .


segunda-feira, março 24, 2008

ESPERAR


"Quando se ama alguém,
tem-se sempre tempo para essa pessoa.
E se ela não vem ter conosco,
nós esperamos.
O verbo esperar torna-se tão imperativo
como o verbo respirar.
A vida transforma-se numa estação
de comboios e o vento anuncia-nos a
chegada antes do alcance do olhar.
O amor na espera ensina-nos
a ver o futuro, a desejá-lo,
a organizar tudo para que ele seja possível.
É mais fácil esperar do que desistir.
É mais fácil desejar do que esquecer.
É mais fácil sonhar do que perder.
E para quem vive a sonhar,
é muito mais fácil viver.”
Margarida Rebelo Pinto in Diário da tua Ausência

quinta-feira, março 13, 2008

A vida e a morte


A vida é uma merda quando vemos que somos impotentes quando a morte chega. Quando vemos alguém próximo que morre lentamente e nós, impotentes, nada podemos fazer.
Que merda de poder temos? Será que somos mesmo seres superiores. A nossa superioridade nem sequer nos serve para contornarmos o nosso fim. Não que eu tenha medo da morte. Para mim, este “medo” aumenta exponencialmente quando penso em pessoas que me estão próximas. Eu que nem sequer acredito em algo posterior à morte. Isso é, na minha opinião, uma fábula que os humanos contam para evitar esta dura realidade. Resta-me saber que posso em vida fazer obras para os que hão-de vir.
Por isso nunca deixem de dizer que gostam das pessoas porque pode muito bem ser a última vez que lhe podem dizer. Não deixem nada por fazer. "Carpe diem"

AS VEZES


"Às vezes é preciso aprender a perder, a ouvir e não responder, a falar sem nada dizer, a esconder o que mais queremos mostrar, a dar sem receber, sem cobrar, sem reclamar. Às vezes é preciso respirar fundo e esperar que o tempo nos indique o momento certo para falar e então alinhar as ideias, usar a cabeça e esquecer o coração, dizer tudo o que se tem para dizer, não ter medo de dizer não, não esquecer nenhuma ideia, nenhum pormenor, deixar tudo bem claro em cima da mesa para que não restem dúvidas e não duvidar nunca daquilo que estamos a fazer.
Porque quem parte é quem sabe para onde vai, quem escolhe o seu caminho e mesmo que não haja caminho porque o caminho se faz a andar, o sol, o vento, o céu e o cheiro do mar são os nossos guias, a única companhia, a certeza que fizemos bem e que não podia ser de outra maneira. Quem fica, fica a ver, a pensar, a meditar, a lembrar. Até se conformar e um dia então ESQUECER."
Às vezes - As Crónicas da Margarida, Margarida Rebelo Pinto

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

AMIGOS 2

Existem pessoas nas nossas vidas que nos fazem felizes
pela simples casualidade de terem cruzado o nosso caminho.
Algumas percorrem o caminho ao nosso lado vendo muitas
luas passar, outras apenas vemos entre um passo e outro.
A todas chamamos amigos e há muitas classes deles.
Talvez cada folha de uma árvore represente um dos
nossos amigos…
O primeiro que nasce é o nosso amigo pai e a nossa
amiga mãe que nos mostra o que é vida.
Depois vêem eventualmente os nossos amigos irmãos,
com quem dividimos o nosso espaço para que possam
florescer como nós.
Passamos a conhecer toda a família de folhas a quem
respeitamos e desejamos o bem.
Mas o destino apresenta-nos outros amigos que não
sabíamos que iriam cruzar-se no nosso caminho, a muitos
deles chamamos amigos da alma, do coração, são sinceros,
são verdadeiros, sabem quando estamos bem e o
que nos faz feliz.
Mas também há aqueles amigos de passagem, que nos que
nos colocam, sorrisos no rosto durante o tempo que
estamos com eles.
Falando desse assunto não podemos esquecer os amigos
distantes, aqueles que estão na “ponta do ramo” e que
quando o vento sopra aparecem entre uma folha e outra…
O tempo passa, o verão vai-se o Outono aproxima-se e
perdemos algumas das nossa folhas, algumas nascem no
outro verão, outras permanecem por algumas estações.
Mas o que nos deixa mais felizes é que as folhas que
caíram continuam junto ao tronco alimentando a nossa raiz.
São recordações de momentos maravilhosos de quando se
cruzaram no nosso caminho…
Cada pessoa que passa pela nossa vida é única …
Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós.
Haverá os que levam muito, mas não haverá os que não nos
deixam nada…
Esta é a maior responsabilidade da nossa vida...
é a prova evidente de que duas almas não se
encontram por casualidade.

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Da nossa boca, se não palavras ...

Dobrei a palavra num ângulo recto,
na rectidão de ser apenas linha no firmamento.
Na utopia,
finjo que existo, imito o ar seco dos meus dias,
no fumo de um cigarro.
No enovelado de sombras,
sem rumo, rebusco a hora inacabada
onde dorme a revolução desnecessária, assassinadas
chamas cintilantes dos voos de andorinhas.
Fecho os olhos, mordo as estrelas na carne já azul
de um mar a sul do teu olhar.
Nos cilícios dos corvos negros encontro os teus gestos
e os temores da onda em cicatrizes rugentes da minha pele.
Da nossa boca, se não palavras,
despontam agora contundentes seculares raízes.
Mel de Carvalho

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Amar dentro do peito...


Amar dentro do peito uma donzela;
Jurar-lhe pelos céus a fé mais pura;
Falar-lhe, conseguindo alta ventura,
Depois da meia-noite na janela:
Fazê-la vir abaixo, e com cautela
Sentir abrir a porta, que murmura;
Entrar pé ante pé, e com ternura
Apertá-la nos braços casta e bela:
Beijar-lhe os vergonhosos, lindos olhos,
E a boca, com prazer o mais jucundo,
Apalpar-lhe de leve os dois pimpolhos:
Vê-la rendida enfim a Amor fecundo;
Ditoso levantar-lhe os brancos folhos;
É este o maior gosto que há no mundo.
Bocage






quinta-feira, fevereiro 07, 2008

In Nomine Dei

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É mais uma experiência do autor no campo dramático. Só que se trata de uma experiência diferente pois tinha um objectivo, também ele diferente: seria a base para o libreto de uma ópera a exibir na Alemanha, de onde também surgiu o inesperado convite para Saramago mergulhar num episódio histórico marcado pela tragédia: o dos Anabaptistas em Münster.
Passada a surpresa inicial por este convite, Saramago acabou por aceitar. Percebendo-se porquê: o tema permitia-lhe abordar uma questão que lhe é muito grata, a da intolerância religiosa e do escândalo causado pelas guerras «fraticidas» entre cristãos de tendências diversas. Tema, aliás, já focado em obras anteriores e especialmente no controverso Evangelho segundo Jesus Cristo.
Vejamos o que o autor escreveu como apresentação de In Nomine Dei:
« Entre o homem, com a sua razão, e os animais, com o seu instinto quem afinal, estará mais bem dotado para o governo da vida? Se os cães tivessem inventado um deus, brigariam por diferenças de opinião quanto ao nome e dar-lhe, Perdigueiro fosse, ou Lobo-d'Alsácia? E, no caso de estarem de acordo quanto ao apelativo, andariam, gerações após gerações, a morder-se mutuamente por causa da forma das orelhas ou do tefado da causa do seu canino deus?»
«Que não sejam estas palavras tomadas como uma nova falta de respeito às coisas da religião, a juntar à Segunda Vida de Francisco de Assis e ao Evangelho segundo Jesus Cristo. Não é culpa minha nem do meu discreto ateísmo se em Münster, no século XVI, como em tantos outros tempos e lugares, católicos e protestantes andaram a trucidar-se uns aos outros em nome do mesmo Deus - In Nomine Dei- para virem a alcançar, na eternidade, o mesmo Paraíso. Os acontecimentos descritos nesta peça representam, tão-só, um trágico capítulo da longa e, pelos vistos, irremediável história da intolerância humana. Que leiam assim, e assim o entendam, crentes e não crentes, e farão, talvez, um favor a si próprios. Os animais, claro está, não precisa.»(...)"
Informação retirada d' In Nomine Dei, Lisboa, Editorial Caminho, 1993

A Segunda Vida de Francisco de Assis

"O que o lobo disse a S. Francisco de Assis:
Podes chamar-me irmão,
se fazes gosto nisso,
mas não me peças que trate eu a ovelha
como se fosse minha irmã."
in A Segunda Vida de Francisco de Assis, Lisboa, Editorial Caminho, 1987

quinta-feira, janeiro 31, 2008

“Cada pessoa que passa na nossa vida,
passa sozinha,
porque cada pessoa é única
e nenhuma substitui a outra.
Cada pessoa que passa pela nossa vida
passa sozinha,
não nos deixa só,
porque deixa um pouco de si
e leva um pouquinho de nós.
Essa é a mais bela responsabilidade
da vida e a prova de que
as pessoas não se encontram por acaso.”
charlie-chaplin

terça-feira, janeiro 29, 2008

clica na foto

“O beijo é um modo cómodo e
muito agradável de se
interromper uma conversa
na qual as palavras não são suficientes.”
“Há momentos na vida em que nos devíamos calar…
e deixar que o silêncio falasse ao coração;
Pois há sentimentos que a linguagem não expressa…
e há emoções que as palavras não sabem traduzir…”

domingo, janeiro 27, 2008

Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveise
esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas
quando nunca pensei me decepcionar,
mas também decepcionei alguém.
Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.
Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
“quebrei a cara muitas vezes”!
Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial
(e acabei perdendo).
Mas vivi, e ainda vivo!
Não passo pela vida…
E você também não deveria passar!
Viva!Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é “muito” pra ser insignificante.
Charles Chaplin

segunda-feira, janeiro 21, 2008

PALAVRAS I

Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído,
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O'Neill

quinta-feira, janeiro 17, 2008

OLHAR

“o olho vê,
a lembrança revê
e a imaginação...
a imaginação transvê ,
é a imaginação que
transfigura o mundo”
(Manoel de Barros, em "Janela da Alma", de João Jardim)

terça-feira, janeiro 08, 2008

AMIGOS

Uma amiga virtual me perguntou se hoje fosse
o último dia de nossas vidas ...e me ocorreu algo.
Geralmente nossos amigos sabem onde
moramos, conhecem nossos hábitos e horários
e tem nossos telefones, mas isso não ocorre
no mundo virtual...Concluí que se um de nós
morresse não saberíamos. Essa verdade me
incomodou...Penso que:
Se eu morresse amanhã, todos os meus amigos
virtuais não saberiam, continuariam a escrever
no meu mural por algum tempo, me mandariam
emails, comentando o meu sumiço, e com o
tempo deixariam de me escrever, talvez
pensando que eu os tivesse relegado...e,
provavelmente um dia me excluiriam de suas
galerias...Alguns lamentariam até...mas
provavelmente nunca saberiam que eu morri...