segunda-feira, novembro 24, 2008

sonho


Não vivo do passado
raramente me arrependo de algo que tenha feito.
Mas as pessoas que passaram pela minha vida
continuam presentes. Todas.
E vou-me perguntando como será que a vida correu
a algumas das quais não sei há imensos anos.
E que pessoas farão, hoje,
parte da minha vida que o futuro se encarregará de apartar?
Ainda ontem dei comigo a pensar isto...


E aqui deixo este poema de Telo Vieira de Meireles:

Toda a minha vida é uma saudade imensa,
não só do que foi,
mas do que poderia ter sido,
se as coisas não fossem só o que foram.
Vivo mais na lembrança do que não foi,
do que de aquilo que realmente foi.
E nessa lembrança do que nunca existiu,
nesse desfiar de reminiscências da minha memória
vejo que mesmo aquilo que foi
só o foi por metade:
a outra metade da vida era já sonho
para ser sonhado hoje.

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